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Perry Rhodan

Atualizado: 15 de out. de 2020

Desde que fiquei sabendo que a Kosmos e a Z-Man lançaram um jogo de tabuleiro sobre Perry Rhodan, eu entrei numa verdadeira epopeia pra conseguir um exemplar. É claro que não pensei duas vezes quando vi que o autor havia disponibilizado os arquivos da expansão do jogo e os arquivos de tabuleiro principal e dos jogadores, aina consegui os arquivos 3D das naves. Upgrade pronto, jogo na mesa e uma crianças feliz.

Perry Rhodan (1961) talvez seja o mais icônico de todos os aventureiros espaciais ao estilo Space Ópera, um sub-gênero da Ficção Científica. Ele faz o clássico papel de cavaleiro solitário que vaga pelo espaço pronto à ajudar a quem precisa e melhor ainda se for uma donzela em perigo.

Escrito por uma equipe de autores que se alternam, “Perry Rhodan” é um periódico semanal (novela) de tradição germânica (Heftroman), um tipo de publicação semelhante a uma revista pulp.

Filme de 1967 baseado no universo da série Perry Rhodan, liberado na Itália como …4…3…2…1…Morte, na Espanha como Orbita mortal, na Alemanha como Perry Rhodan – SOS aus dem Weltall, não foi uma exata reprodução do primeiro romance da série Perry Rhodan.


O filme começa com uma composição que lembra os anos 60 de Antón García Abril, acompanhado por um música sem canção de Marcello Giombini Seli e com alguns créditos psicodélicos. A cena de abertura é uma pobre duplicata de uma rajada de fogo do lançamento de um foguete e efeitos especiais de baixo orçamento.


No filme, Thora, a comandante da expedição Arcônida é um loira com um guarda-roupa de trajes espaciais bem colantes. O filme mostra uma história intrigante sobre um super criminoso que não aparece no romance. O malvado Homer Larkin que planeja roubar as riquezas encontradas na lua antes que os governantes da Terra façam uso deles. Mr. Larkin tem uma performance similar aos filmes de James Bond da época.

Enquanto os críticos do gênero nos Estados Unidos habitualmente difamam a série, as décadas de sucesso comercial tornaram a série um fenômeno. Perry Rhodan mostra uma crítica feroz à realidade atual, fazendo-nos refletir em 1960 sobre a Guerra Fria, em 1970 sobre a New Age e em 1980 sobre o movimento pacifista nas entrelinhas da sua história. A série tem capturado os principais pensamentos da elite científica da Alemanha e influenciou de forma pungente todos os escritores de ficção científica alemães e do mundo.

A história começa em 1971 com o primeiro voo tripulado à Lua por membros da Força Aérea dos Estados Unidos. O major Perry Rhodan e sua tripulação descobrem, em nosso satélite, uma espaçonave extraterrestre acidentada. Apropriando-se da tecnologia extraterrestre, eles conseguem a unificação da humanidade e iniciam a conquista da galáxia e do cosmos pela humanidade. Enquanto a série prossegue, algumas personagens adquirem a imortalidade virtual, fazendo a história cruzar os milênios, incluindo flashbacks, viagens no tempo, universos paralelos etc.

A série usa uma estrutura de narrativa em “ciclos” (arcos de história), similares aos usados em “Homem da Máfia” (Wiseguy), “Chumbo grosso” e Babylon 5. Um ciclo pode se estender de 25 a 100 números, devotados a explicar uma era. Alguns são agrupados em ciclos subsequentes, criando-se um grande ciclo.

Perry Rhodan ganhou versões em quadrinhos inicialmente apenas dois volumes e em outubro de 2015, depois de uma repaginada no visual do personagem, começaram a ser publicadas na Alemanha “Os Cartógrafos do Infinito”, as mais novas histórias em quadrinhos de “Perry Rhodan”. Escritas por Kai Hirdt e desenhadas por Marco Castiello, cada história tem 36 páginas. Uma revista bimestral com suas histórias se passando no período do ciclo “Afilia” (episódios 700 a 799), sendo cada volume uma continuação direta da história anterior culminando numa última edição em março de 2016.

Após um hiato de quase um ano, a editora Cross Cult deu continuidade à história de “Os Cartógrafos do Infinito” em uma trilogia chamada “A Luta pela SOL”. Cada tomo com 36 páginas, sendo a primeira delas publicada no final de janeiro de 2017. Assim como em “Afilia”, “A Luta pelo SOL” foi escrita por Kai Hirdt, desenhada por Marco Castiello e colorida por Michael Atiyeh.

Parry Rhodan acabou chegando no mundo dos jogos e ganhou uma versão de aplicativo que mistura estratégia em tempo real e defense de tower. “Perry Rhodan – Battle for Terra”. O jogo começa com a primeira missão para a lua, onde Perry Rhodan encontra uma nave espacial danificada construída pelos Arkonids. Os Arkonids enviaram uma chamada de socorro que infelizmente foi recebida por uma raça de lagartos, os Topsids, que estão interessados ​​em colher a tecnologia dos Arkonids. Com a ajuda de um de seus cientistas chamado Crest e uma pequena nave que ainda funciona da sua grande nave espacial, Perry Rhodan tem que lutar contra os lagartos durante o primeiro nível do jogo também para proteger a Terra contra os alienígenas.

Em 2008 foi lançado o jogo para computadores The Immotals of Terra: Um Aventura de Perry Rhodan, um jogo de aventura do gênero aponte e clique. Com bons gráficos, o jogo é recheado com ótimas sequências de animação, as aventuras são intergalácticas, portanto o uso de uma nave e robôs se torna essencial. Nesse tipo de jogo o mais importante é a história, o jogador deve investigar o desaparecimento de Mondra Diamond, a amada do protagonista. Explorar novos planetas e se comunicar com extraterrestres são atividades comuns, ou seja, espere por uma investigação que literalmente chega a ter proporções astronômicas. E com o passar do tempo, se descobre uma obscura trama de magnitudes apocalípticas. Muitas descobertas e um cenário incrível vão temperar esse game.

The Immotals of Terra: Um Aventura de Perry Rhodan se tornou um jogo muito aclamado entre as revistas especializadas, mas uma coisa foi pontuada por todas, esse é um jogo para fãs da série.

Em 2007 foi lançado a versão de tabuleiro das aventuras do personagem, Perry Rhodan: THe Cosmic League. O termo “kosmisch” significa “cósmico”; “Hanse” refere-se à Liga Hanseática, uma rede comercial medieval no norte da Europa. Na tradução americana da série de livros, a frase “Die Kosmische Hanse” foi traduzida como “A Casa Cósmica”.

Neste jogo, os jogadores assumem o papel de comerciantes que transportam mercadorias entre planetas. Ocasionalmente, um pode transportar também passageiros, o que traz rendimentos adicionais. Os jogadores podem investir em espaço de carga, transmissores ou unidades mais rápidas para melhorar suas naves espaciais.

Heinrich Glumpler, designer do jogo, é fã do Merchant of Venus. A arte do jogo ficou a cargo de Swen Papenbrock , um dos ilustradores da série de livros de Perry Rhodan.

Perry Rhodan também fez muita criança chorar com a série de Naves lançadas pela Revell, e que criança não ficaria encantada com uma coisas dessas? Mesmo que você não tivesse nenhum conhecimento sobre o personagem, abrir aquela caixa cheia de peças para destacar, montar e pintar devia ser uma coisa indescritível.

Parece que os poderes temporais de Perry Rhodan literalmente lhe deixam fora do alcance do tempo e o tornaram um observador ou até mesmo o próprio controlador, capaz de manipular, reescrever ou reinventar a própria história mantendo o atual e ao mesmo tempo igual e fiel à suas origens.


Walber Pena


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